Páginas

segunda-feira, 30 de maio de 2016

QUANDO O SKATE SE TORNA PROFISSÃO


Antigamente em nosso país era praticamente impossível se pensar em viver do Skate. Hoje em dia, com a globalização mundial a situação mudou, e é preciso se adaptar a tais mudanças, os atletas brasileiros competindo no exterior, estrangeiros participando de campeonatos mundiais no Brasil, há todo um suporte de marcas e possibilidades de patrocínio para os atletas que buscam de forma focada a profissionalização.

É claro que no meio existem algumas divergências...o Skater é um atleta?

Na minha opinião, o título, o nome que se dá é indiferente, e entendo que é possível manter a personalidade e atitude no role, desenvolvendo um comportamento profissional perante os patrocinadores já que não se pode desprezar que existem os skaters for fun (soul skaters) e o campeonateiros.

De qualquer forma, o skater precisa compreender que, as marcas precisam de visibilidade, e independente da abordagem ele precisa estar atento à sua imagem, sempre respeitando sua personalidade.

Em suma, o Skate passa de esporte ou recreação e se torna a profissão, o “ganha pão” do atleta, que vai trabalhar apenas com isso (se seu salário permitir, é claro).

O fato é que, viver do skate envolve patrocínios, investimentos financeiros, inclusive internacionais, envolve gestão de imagem, contratos, impostos/tributos e em alguns casos, uma relação trabalhista com direitos e obrigações para ambas as partes.

“Patrocínio pode ser considerado, igualmente, como um acordo profissional entre patrocinador e patrocinado para que ambos alcancem os objetivos claramente definidos, visando assim o sucesso da equipe, como também o retorno no investimento da empresa, que implicará em uma definição, acompanhamento, controle e mensuração dos resultados contra os objetivos traçados previamente” (Melo Neto, 2000).

A gestão da carreira e da imagem, e o planejamento de marketing, para o skater e a marca são essenciais.

Sem planejamento e organização, o material objeto de patrocínio importado, por exemplo, pode ficar retido na Receita Federal e o Skater correr o risco de ter de pagar a tributação de importação, ou perder seu material. 

Esta situação descrita é corriqueira, ou seja, o atleta ganha em material mas em função de uma tributação tem que desembolsar para receber prêmios ou material de trabalho. 

O que o patrocinador espera do skatista – divulgação, imagem, podium, revista visibilidade, gestão, avaliação de dados...

Entenda seu estilo, se organize e “Go Skate”. O dinheiro é consequência, a diversão e primeiro lugar, mas planejamento é essencial para quem quer viver do skate.

Por Nefhar Borck - Advogado e Fotografo
Especializado em gestão de Risco Jurídico
Pós Graduado em Comunicação e Marketing para Mídias Digitais

Nenhum comentário:

Postar um comentário