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segunda-feira, 24 de novembro de 2014


ULTIMA ETAPA DO BRASILEIRO DE BOWL EM FLORIPA 2014

KONIG HOUSE

MARCIO KONIG – 33 ANOS



Gaúcho de Porto Alegre, veio morar em SC com 18 anos, na Praia do Rosa, em Garopaba, e aos 20 anos se mudou para Floripa.

Em 2006 construiu uma mini ramp em casa, onde vários skatistas do Rio Vermelho vinham andar, pois sempre andou de skate e pegava onda e como em Floripa não tinha muito lugar pra andar de Skate, a mini ramp veio dar o inicio ao espaço, e o bowl veio depois para suprir as faltas de ondas.

Em 2013 a pista recebeu seu primeiro campeonato, mas agora em 2014, nos dias 22 e 23 de novembro aconteceu aqui na KONIG HOUSE a ultima etapa do Brasileiro de Bowl 2014 (o primeiro campeonato brasileiro no local).



Pra entender melhor o conceito do local, ouvimos MARCIO KONIG, surfista e skatista idealizador do projeto Konig Bowl.

       


SFM - Como você está vendo o Skate em Santa Catarina Hoje?
MK – Não só em Santa Catarina, mas no Brasil, pois sou representante de várias marcas de skate e surf, e de uns anos pra cá comeou a crescer demais o consumo de skate, principalmente de peças, shapes, rodas, truck...que é o “core” mesmo do skate acabou crescendo demais, e Santa Catarina tem o Pedro Barros que representa Floripa pelo mundo...hoje tem muito mais gente se destacando, tipo Caique Silva e Marcos Gabriel que são profissionais, mas também a molecada de base que tá surgindo não só do Rio Vermelho, como também do Rio Tavares e te digo que estamos só começando.

SFM – Então, você não acha que o Skate moderno  pode cair num modismo como já foi no passado?
MK - Creio que em 05 anos Floripa terá o dobro do destaque e força que tem   agora. A galera do Rio Vermelho, Rio Tavares tem lugares com bowl de verdade, que facilita o acesso às novas gerações. A Costeira por exemplo esta para receber um bowl melhor, com mais nível para campeonatos melhores e desenvolvimento do Skate local....pra você ter uma ideia, ano passado tivemos a  visita do Greyson Fletcher que estava em Florianópolis, e ele andou aqui e no Pedro Barros e ficou de cara com a qualidade da estrutura de pista.


SFM – E isso facilita pra manter mais o talento no Brasil, os skatistas saírem menos e ter condições adequadas de treino no país....
MK – Sim, as pistas de Floripa tem o padrão internacional...quem desenhou a pista da Konig House foi o Leo kakinho e o Gui (irmão do Leo)...O Betinho fez a arte ao redor da pista e Pedro Barros também deu seus importantes palpites, e a pista tem varias transições que não permitem minirampar...é pra bowl rider mesmo.

Enfim, como conheço muita gente de marca, tento colocar os moleques nas marcas, dar este apoio e abrir oportunidades...tem uns moleques que andam “pra cacete” e não conseguem patrocínio, então também temos de orientar os meninos...o profissionalismo, pois não adianta só marretar na pista se não tiver a humildade, comprometimento, aliado a simpatia e técnica e sem isso fica difícil seguir o profissionalismo.

O Campeonato foi excelente, muito bem estruturado, começando no sábado as 10:00 da manhã com as baterias INFANTIL, MIRIM e INICIANTE e à partir das 18h: BEST TRICK PRO e Show com a banda LOU DOG e no DOMINGO com inicio pelas 13:00hs teve categorias FEMININO, AMADOR e BEST TRICK RVCA AMADOR. Atletas de várias partes do país. 

Diversão, família, skate de qualidade num local excelente, arquibancada...Monster Energy Drink liberado, e São Pedro colaborando com esta ultima etapa dp Brasileiro de Bowl em Floripa na Konig House.































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Fonte: ASGF - Associação de Skate da Grande Florianópolis-SC

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - Proibida a reprodução comercial sem a previa autorização.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

NO FUN AT ALL
11 de novembro de 2014



O dia 11 de novembro de 2014 vai ficar marcado na historia do Hardcore de Florianópolis-SC com a passagem das bandas Zander e No Fun At All pelo John Bull.

Não se sabe ainda como a casa ficou inteira depois deste furacão!

A energia correu solta com o aquecimento da Zander que cumpriu seu papel e deixou a galera pronta.

Formado no Rio de Janeiro em 2007, a Zander tem como palavras de ordem: “arregaçar as mangas”. Se é para viver de música independente no Brasil, que isso seja feito por completo.

As influências do grupo são as mais variadas possíveis, vão de João Gilberto a Nirvana, passando por Tim Maia, Guns N’ Roses, Krisiun e Fugazi.

A temática também não se prende, entre amores ou dissabores, críticas sociais ou até situações do cotidiano, nada está descartado ou é tabu no repertório. 

Tudo é exteriorizado através de um rock que pode ser cru, mas ao mesmo tempo fugir da retitude; tudo tem contornos, muita malemolência (ou seria cadência?) carioca.



Já com relação ao NO FUN AT ALL, o que dizer? Os caras são muito gente fina, profissionais, e literalmente colocaram a casa a baixo com mais de uma hora e vinte de musica, interagindo com o publico que não parou um minuto de subir no palco e agitar...muuuuuito...

A banda destilou seus melhores hits, e um cover dos MISFITS...Dava pra perceber que a banda estava amarradona no palco e com a receptividade...casa cheia...agito...hardcore...

Desde já agradecemos aos produtores da HIGHLIGHTS SOUNDS e ao John Bull pela oportunidade desta cobertura e de podermos conversar com a banda.


ENTREVISTA e tradução por HUGO ROHDEN:


[SFM] Primeiramente, é um honra tê-los pela primeira vez em Florianópolis. Sejam bem-vindos!
[INGEMAR - Vocalista No Fun At All] -  Muito obrigado!

[SFM] o NFAA veio ao Brasil pela primeira vez em 2000, foi isso?
[INGEMAR] 1999, 2000 e também em 2010. Esta é nossa quarta vinda ao Brasil

[SMF] Vocês já fizeram 4 shows no Brasil até o momento. Como está sendo a recepção da banda, como é a energia de tocar no Brasil?
[INGEMAR] Tem sido muito, muito boa. 

[SFM] Nota alguma diferença de outros país para  Brasil?
[INGEMAR] Há muita energia aqui . Comparado à Europa, eu diria, bem, não sei como dizer..


[SFM} Mais intenso, você diria?
[INGEMAR] Sim, é isso, diria que é muito intenso (tocar aqui). É como se (a cena) ainda estivesse acontecendo. Parece que aqui é como na Europa, nos anos 90, (a cena) ainda está rolando, com toda essa energia aqui.E isso é muito legal!

[ SFM] E como foi sua impressão, quando esteve no Brasil pela primeira vez?
Foi ótimo, nós fizemos ótimos shows, as pessoas foram muito receptivas, assim como na primeira vez que fizemos uma turnê pela  para a America do Sul

[SFM] E em Florianópolis é também a primeira vez que vocês vem?
[INGEMAR] Será? (faz uma expressão de dúvida)

[SFM] O NFAA tocou em Balneário Camboriú, em 2000, junto com outra banda, o RIVETS.
[INGEMAR] (Balneário Camboriú) também fica na beira do mar, certo?

[SFM] Sim, é uma cidade que fica a 100 km de Florianópolis. Bom, vocês vem de uma pequena cidade sueca, chamada Skinnskatteberg. Acredito que não havia uma cena local de punk rock, quando vocês iniciaram em 1991...
[INGEMAR] Bem, em Skinnskatteberg havia uma pequena cena local de bandas, mas nada realmente aconteceu com eles e nós conseguimos nos sobressair.

[SFM] Vocês tiveram alguma influência de bandas suecas de punk rock, como o ASTA KASK, por exemplo, que é uma banda antiga de punk rock sueca?. 
[INGEMAR] Sim, posso dizer que tivemos influencia do ASTA KASK. Eles fazem parte da segunda geração de bandas de punk rock suecas. A primeira geração de bandas de punk rock da Suécia é de 1977/1978. O ASTA KASK é di início dos anos 80. O NFAA surgiu no início dos anos 90.


[SFM] A banda parou em 2001, e desde então se reúne para alguns shows, certo?
[INGEMAR] Nós demos um tempo. (Depois de 2001) nós não fizemos nada com a banda por três, não, na verdade 4 anos. Recebemos então um convite para fazer um show em 2004. Então nós fizemos aquele show, e nos demos conta que aquilo foi  muito divertido, nós tivemos novamente bons momentos. E nós ainda estamos fazendo coisas desde aquele show (em 2004) neste período.

[SFM] A razão para esta pergunta também é: vocês tem outras profissões além da banda? Há engenheiros, advogados, jogadores de futebol na banda?
[INGEMAR] (Sorri) Sim, todos nós temos.  Eu sou engenheiro eletricista e banda é hoje um hobby para nós.

[SFM] É um ótimo hobby, eu diria
[INGEMAR] Eu também diria isso (sorrindo).

[SFM] Seu primeiro single "Vision" vendeu 25.000 cópias quando foi lançado, em 1993. Vocês ainda vendem muitos álbuns "físicos", como CD´s, vinis, etc?
[INGEMAR] Nós não temos mais nenhuma gravadora que queira prensar nosso catálogo de álbuns antigos. A Burning Heart, a gravadora a qual pertencíamos, foi comprada pela Epitaph Records e o catálogo de álbuns antigos não está mais disponível, então acredito que  a prensagem destes antigos não ocorre mais.

[SFM] Então, basicamente, os álbuns estão na internet
[INGEMAR] Sim, nós estamos no Spotify

[SFM] E vocês ainda posuem boas vendas com música online? Pergunto isso pois é fácil conseguir música de graça na internet.
[INGEMAR] Eu não sei dizer. Nosso último álbum (Low Rider - 2008), lançamos por nossa conta, então é possível pagar e fazer o download, mas os álbuns antigos eu não tenho como dizer.  De qualquer jeito, estamos no Spotify e isso é ótimo.

[SFM] E vocês tem planos para um novo álbum?
[INGEMAR] Não (ri).

[SFM] Sem tempo e sem vontade?
[INGEMAR[ Sim (ri). Toma muito tempo fazer um álbum novo.Bem, vamos ver o que acontece, não é impossível, mas temos que nos sentir prontos para isso.


[SFM] Já que a SPeedFreak Magazine também aborda o Skate, pergunto: alguém da banda anda de skate, já que o punk rock e skate são geralmente associados?
[INGEMAR]  (ri) Não, na verdade não. Nunca fomos uma banda ligada ao skate. Nosso baterista (Kjell Ramsted)  faz snowboard, mas detonou seu joelho e não praticou mais.

[SFM] Talvez vocês então devam tentar Sandboard, na Praia da Joaquina,. Espero que consigam ficar mais tempo na Ilha. Vocês tem mais algum show no Brasil? 
[INGEMAR] Não, este é nosso ultimo show (da turnê). Eu e minha esposa vamos ficar aqui uma semana, na Praia Mole.

[SFM] Ótima escolha! Obrigado pela entrevista, tenham um ótimo show e uma ótima estadia em Florianópolis.
[INGEMAR] Por nada, até logo mais no show. 

















Obrigado ao John Bull (Cahue),  à Highlight, à Zander e é claro NO FUN AT ALL.


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