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terça-feira, 30 de setembro de 2014

AS MENINAS DO SKATE DE FLORIANÓPOLIS-SC


Felizmente, de uns anos pra cá as meninas tem entrado com tudo no mundo do Skate...provando que o Skate não é só coisa de menino, elas estão vindo, um pouco tímidas, mas mandando muito bem, e abrindo portas para que as próximas gerações, como a Isadora Rodrigues Pacheco possam vir com mais força, e quem sabe mais apoio por parte dos patrocinadores que ainda não visualizaram o potencial delas.

Em alguns campeonatos, vemos as meninas disputarem com os meninos de igual para igual, e em outros, meninas sendo colocadas de lado, discretamente, para não queimarem o filme dos meninos...Não só no longboard, mas nas pistas (bowl, mini ramp...) e street, elas estão detonando.

Então, a SPEED FREAK MAGAZINE veio conversar um pouco com as mães e é claro, com elas, que floreiam o Skate de Florianópolis-SC.

  
Mães, qual a relação com os meninos? Tem alguma restrição?
Os meninos incentivam, ensinam como fazer as manobras, há um espírito de proteção, de companheirismo.

Brincando com os meninos é que elas aprendem a andar. Na pista da costeira por exemplo é como se fosse uma família.

As meninas evoluem muito mais quando estão andando com os meninos.


E a evolução do skate feminino? existeme oportunidades? Como anda o cenário de Floripa?

Hoje há um grupo de meninas se formando no bairro da Tapera, umas 7 meninas estão andando com freqüência.  Montaram uma mini-ramp lá.

Morar em Floripa é um privilégio, considerando a diversidade de espaços (pistas e bowls) e a distância entre os mesmos.

As meninas são bem recebidas em pistas particulares, como do Pedro Barros, da Hi-Adventure. Assim, conseguem treinar bem para os campeonatos.


Há perspectiva de Profissionalização?

Hoje para uma menina se profissionalizar é preciso sair do Brasil. Lá fora há uma valorização, a atleta pode viver do esporte com tranqüilidade.


Como é a relação com patrocínio e apoio das empresas?

Ainda falta muito, por exemplo, mesmo sendo uma atleta que esteja bem no ranking brasileiro, só poderá receber o bolsa-atleta com 16 anos, enquanto isso, as meninas que começam novinhas, através do esforço dos pais lutam diariamente para participar dos campeonatos.  Há muitos gastos com passagem e alimentação.


Existem eventos e campeonatos específicos para as meninas?

A Sul Skate de Imbituba-SC promove encontro das meninas.
 
Em São Bernardo do Campo – SP, a pista do Parque da Juventude nas terças-feira a pista é liberada apenas para as meninas.

A AFSK realiza anualmente o campeonato de street skate “Super Street Feminino″, na pista do Parque da Juventude Cittá di Maróstica em São Bernardo do Campo/SP.

Este evento faz parte das comemorações em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e as categorias participantes são Feminino 1 e Feminino 2, valendo pontos para os rankings Brasileiro e Paulista de Street.

Todas as skatistas do Brasil são convidadas a participarem deste evento. As inscrições são gratuitas e a área de street estará reservada para a competição. As praticantes de outras modalidades, como o vertical, vão poder andar na área dos banks.

Atletas do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina marcam presença no Super Street. O público também é significativo devido ao charme e radicalidade da competição.

O skate feminino está super forte no Brasil e o número de praticantes vem crescendo a cada ano. Eventos de grande porte tem sido realizados e uma quantidade expressiva de mulheres participam das competições.

A AFSK já tem tradição em promover o skate feminino por meio de diversos eventos: encontros, competições, gincanas, congressos, oficinas, aulas e intercâmbios com outros eventos, com parceria de divulgação em diversos veículos da mídia, como exemplo jornais: Diário do Grande ABC, Diário Regional, ABCD Maior e Rudge Ramos Jornal e a Mídia Televisiva: ESPN, TV Mais, Bandeirantes e diversos sites de esportes na internet.

Outro espaço importante para o desenvolvimento do Skate Feminino é o Vert Riders in Roça realizado em Guaratinguetá, onde este ano acontecerá a 1ª Etapa do Circuito de Vertical Feminino.


E a referência para as meninas...

 

Letícia Bufoni, a skatista paulistana que atualmente vive a melhor fase no esporte que começou aos 9. Três vezes medalha de ouro no x Games e primeiro lugar no ranking mundial feminino.


E em santa Catarina, mais precisamente Florianópolis, com grande apoio da família, talento e muito treino, Emily vem conquistando seu espaço.
Conquistando vários campeonatos tudo isso sem patrocínio. 


Assim, não podemos deixar de citar e conversar com ela,  Emily Antunes, a menina que hoje tem 14 anos de idade e que incentivou as demais a assumirem o carrinho que, apesar do apoio dos meninos (pois elas acabam floreando este universo que era masculinizado), as meninas em geral ainda enfrentam certa resistência dos pais, exatamente pelo ambiente ser tido como masculinizado.

Emily obteve forte destaque estadual, e até nacional nas baterias que correu, tendo vencido varias etapas e campeonatos. Então, para conhecermos melhor esta personalidade, a SPEED FREAK MAGAZINE conversou com a Emily...tímida, simpática, mas com Skate firme e consistente, na tarde em que passamos com as meninas na Pista da Costeira em Florianópolis-SC, que tem o apoio da ASCOP – Associação de Skate da Costeira do Pirajubaé.
  
 Emily Antunes

Emily, como é ser Skatista?

É ser livre, é muito legal...

Comecei há 3 anos e meio, pedi um um skate de plástico pra minha tia no Natal, comecei andando com os meus irmãos quando acompanhava na pista da Costeira e tomei gosto, não larguei mais.


E como são os campeonatos para as meninas?

Então... está rolando este ano a etapa do brasileiro de Bowl que eu estou participando, o nível do feminino está aumentando bastante, é muito legal poder participar deste campeonato, viajar pelo Brasil. Já fui pra São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.


Como está a Evolução das meninas?

Eu ando há 3 anos e meio, comecei na pista da Costeira e skate feminino só tem a crescer...e vejo como cresceu desde quando eu comecei e hoje, as meninas estão cada vez mais presentes nos campeonatos.


E a relação com os meninos?

Eu sempre andei com os meninos, desde que eu comecei, não rola preconceito, algumas meninas tem vergonha de andar na frente dos meninos, de cair, mas comigo, ao contrário, os meninos me ajudam nas manobras, me apóiam.


Apoio e patrocínio, incentivos...

Pra se focar, se sentir bem no Skate o patrocínio é muito importante, pra ajudar, pra apoiar, incentivar mas aqui no Brasil é muito difícil, por que os patrocinadores não botam muita fé nas gurias.   

Recebo apoio da ALFA SKATE, eles me ajudam. Patrocínio mesmo é “Paitrocínio”. O ano que vem não sabemos como vai ser, fica complicado, dependendo da quantidade de viagem, não vou poder participar de todos os campeonatos, pelos gastos com passagem, locomoção, alimentação. Os pais acompanham também. É uma pena por falta de patrocínio, mesmo estando no ranking nacional, há 3 anos. Há um esforço dos pais, na venda de rifas, pedindo apoio para pessoas que tem condições de ajudar.


Que recado você deixa para as meninas que querem começar no Skate?

Vamos andar de Skate, vamos fazer exercícios pra manter a forma, vamos sair um pouco de casa, deixar o celular de lado... risos...


Recado para a Speed Freak Mag?

Obrigada pelo apoio, pela oportunidade de divulgação a SPEED FREAK MAGAZINE é muito legal em incentivar o skate com matérias e fotos.


Yndiara Losekan ASP - 16 anos

Isadora Rodrigues Pacheco - 09 anos  

Emily Antunes - 14 anos 

Yndiara 

 Leticia Gonçalves (Mogi das Cruzes - SP) - A mais tímida...difícil de tirar foto - rsrsrs - entrevista nem pensar. . . .

 Mariana Ribeiro - 18 anos

Yndiara 

Emily 

Indiara 

Isadora 


  Ranking do BANKS FEMININO 1 - 2014

   

Em breve mais fotos das meninas...

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SKATE & CERVEJA - A COMBINAÇÃO QUE DEU CERTO
LAY BACK BEER


Os Skatistas do mundo inteiro já conhecem, mesmo que eventualmente em algum município ela ainda não tenha chegado... Lay Back Beer, a Cerveja produzida pela RTMF dos também mundialmente conhecidos André e Pedro Barros veio modernizar o mercado e refrescar os rolés.

Cerveja de produção artesanal, com sabor diferenciado, produzida com muita qualidade e espirito skatista. Uma cerveja puro malte, de baixa fermentação, distinta, com sabor herbal marcante, bom corpo, cor amarelo dourada, com ótima transparência e triplamente lupulada, com 22 IBU´s de amargor, e teor alcoólico de 5 graus. Seu nome, LAY BACK, vem de uma manobra classica hoje tida como old school, na foto abaixo, representada pelo Grande multi esportista Luiz Roberto Formiga, "despencando" na pista da casa do Pedro Barros...


Para compreendermos melhor seu conceito, a SPEED FREAK MAGAZINE conversou com André Barros sobre a cerveja:


1. Como surgiu a ideia da Lay Back Beer? Que é o principal responsável?
A ideia veio em conjunto com meu filho (Pedro Barros). Estavamos na Alemanha e vimos a cultura da cerveja e assim abrimos os olhos, mas foi em Bali mesmo que decidimos quando vimos que a Bintang era uma cerveja que tava estampada nas camisetas que a galera tava usando e percebemos que poderiamos fazer um produto de skate e que esse produto seria a cerveja.

2. Onde ela é produzida? Como?
Em Forquilhinha, SC pela Saint Bier. Nos terceirizamos com essa fabrica devido a sua qualidade e seriedade.
A cerveja é um produto facil de sofrer alterações, então precisariamos de alguma fabrica de confiança e com um bom padrão de qualidade.

3. Como está sendo feita a divulgação e distribuição da cerveja?
Estamos com algumas campanhas sendo feitas. Nossa principal missão é fortalecer o skate, então fazemos eventos e patrocinamos outros. Temos um dos melhores times de skate do mundo que conta com o meu filho 4 vezes campeão mundial de skate, Felipe foguinho que esta em 3 lugar no ranking mundial atual, e outros que são nomes consagrados no skate como, Murilo Peres, Marlon Silva e os americanos Greyson Fletcher (filho do lendario Cristian Fletcher), Omar Hassan e Joshua Borden.
Alem do skate, estamos entrando fortes com alguns estabelecimentos que considero formadores de opinião.

4. Qual o diferencial da Lay back Beer?
A Lay Back é uma pilsen que está muito próximo de uma IPA. Temos quase 25 de IBU que é a medição de amargor. Uma IPA tem que ter no minimo 40. As cervejas conhecidas por ai, tem entre 12 a 18 IBU. Tambem caprichamos no lupulo e deixamos ela bem frutada e aromatizada. Nossa intenção é de aproximar mesmo as pessoas das cervejas mais fortes e saborosas, mas não queriamos assustar então decidimos induzir dessa forma. Acredito que no lançamento da nossa IPA, que é nosso maior desejo, o nosso publico ja estará mais preparado.

5. Quais as perspectivas empresariais de expansão e divulgação?
Já está nos surpreendendo! Imaginávamos uma venda bem menos agressiva, mas o publico estava carente e esse mercado está crescendo muito. Eu acredito que o nosso publico, está consciente de que a Lay Back Beer é uma cerveja muito bem feita e que está realmente ajudando o skate. Por que então beber outra?
Já estamos com os tramites de exportação a caminho para a California, berço mundial do skate. Provavelmente no primeiro trimestre do ano que vem ja teremos nossa cerveja nas lojas nos Estados Unidos.

6. Como funciona a relação da Lay back Beer com o Skate...o incentivo?
Pra cada garrafa vendida, 15 centavos vai direto para o skate em formas de patrocinios, eventos, reformas de pistas etc.

É claro que ainda os 15 centavos não alcançam nosso custo que ja pré estabelecemos no nosso programa de incentivo e por isso está saindo do nosso investimento.

Nossa mais nova campanha de incentivo foi a compra de uma pagina na revista Solto e uma na Vista que esta sendo doada para a melhor foto enviada pelos skatistas. Uma forma de dar uma oportunidade para qualquer uma, de qualquer lugar do Brasil de ter sua foto exposta em uma revista. Isso é sempre o inicio de uma carreira como skatista e acho que vai ajudar! Sem contar que o fotografo tambem entra nessa, pois no skate a fotografia como a filmagem fazem parte da cultura.

7. E a receptividade da cerveja no mercado?
Absurda! Fico emocionado sempre quando me deparo com essa realidade. A impressão que eu tenho é que acertamos em cheio no produto, graças ao nosso cervejeiro Leonardo Nonohay e a galera do RTMF que ajudou na elaboração.

8. Quais são os produtos relacionados? Camisetas, bonés? Onde encontrar?
Atualmente a Kanui ta vendendo somente a camiseta no site. Os bones e outros "brinquedinhos" estarão em breve nas lojas de skate, nos bares e tambem na internet. A procura é grande e ja estamos nos mobilizando para isso acontecer o mais rapido possivel.

9. Alguma dica de hamonização do sabor da Lay back Beer?
A Lay Back Beer  tem amargor e levemente doce, por isso comidas picantes cai super bem.

10. Algum recado final para os leitores da SPEED FREAK MAGAZINE que são em sua enorme maioria Skatistas e amantes do bom e velho Rock’n Roll?
O meu maior desejo é que as pessoas na hora de escolher uma cerveja, primeiramente vá pelo produto é claro, gosto é gosto, mas sempre pensar que tipo de beneficio a mesma traz para sua comunidade, seu life style, etc. Se voce é do surf, do skate, do rock ou de algum esporte "core" porque consumir alguma cerveja mais ou menos que só apoia o pagode?

Obrigado André e Pedro Barros...sucesso!

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