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domingo, 31 de janeiro de 2016

A nova cara de Urussanga 

Texto e fotos por Nefhar Borck

Nos dias 10 e 11 de outubro Urussanga, em Santa Catarina recebeu o XXI Urussanga Skate Park, um dos campeonatos mais clássicos do skate de bowl, com duas novidades: foi válido para etapa do brasileiro CBSK e foi a reinauguração da pista, depois da reforma com a troca do antigo copping de ferro por copping blocks, que trouxeram outra experiência e abordagem desta pista casca grossa. 
Alessandro Micuim
O espaço foi fundado em 1989 e recebeu seu primeiro campeonato em 1991. É uma pista pública em forma de “oito” com um banks de 1,80m que se conecta através de um canyon a um bowl de 3,10m de altura com 10cm de vertical, e com a reforma, a altura do bowl ganhou mais 10 cm (vertical), sendo instalados 7 linhas de ladrilhos (pastilhas), alargamento da plataforma (que ficou com 2 metros), e a substituição do coping de ferro por coping-blocks em toda a extensão da pista. 

Sobre a reforma, Iago Magalhães, Skatista de Curitiba, que venceu a categoria amador em 2014 com a borda antiga, disse que “com os copings blocks a pista ficou irada e muito cabreira; a pista ficou perfeita. Os copings de ferro travavam um pouco algumas manobras, já nos blocks, tudo se encaixa, e a sensação de andar nos blocks é sem igual. Outros skatista me disseram que a pista estava mais difícil ano passado, em 2014”. 

Pedro Barros que foi prestigiar a etapa e participar da inauguração formal da pista após as reformas comenta: “Frequentei a pista de Urussanga praticamente minha vida toda em eventos. Sempre muita energia nesse campeonato, uma galera acolhedora demais. A pista sempre foi aquela que era um "quase" muito boa. Faltava um pouco de vertical e depois que começamos a andar nos coping block, isso passou a fazer falta nela. Agora, não tem mais o que falar. É uma pista com personalidade. Gostei que na reforma não mudaram o formato, deixaram a história dela se manter viva. O que foi feito nela era fundamental pra deixar o skate andar mais alto." 

O bowl de Urussanga havia passado por uma única reforma, para colocação do coping de ferro em 1994, quando sediou uma das etapas do Circuito Profissional. 

Mas após a reforma no bowl do Pedro Barros, em 2013, executada pelo mestre Gui Barbosa, a idéia tomou fôlego. Os bowlriders de Urussanga ficaram impressionados com a qualidade da reforma e dos coping blocks produzidos por André Barros, como relata Mauricio Boff, skater old school local que participou ativamente do processo de reforma que diz ainda: “Muitos achavam que a pista ficaria muito difícil de andar, houve resistência, mas o resultado final surpreendeu a todos”. 
                            Mauricio Boff
A reforma foi toda bancada com recursos próprios, sendo rateada entre os skatistas locais e o bar da Associação dos Bowlriders de Urussanga (Bar Boca Seca), que abre apenas em dias de campeonato. 

Devido a urgência de se atualizar a pista para receber uma das etapas do Circuito Brasileiro de Bowl Amador, optou-se por não perder tempo buscando ajuda junto ao Poder Público, evitando dessa forma enfrentar uma burocracia sem fim, para obtenção dos recursos necessários. 

O resultado final encantou a todos os competidores do XXI Urussanga Skatepark, deixando a equipe responsável pela reforma, e pelo campeonato, muito feliz. 

O Skate ganha mais este presente, com a reforma da pista pública de Urussanga. Parabéns aos envolvidos e aos skatistas que, como sempre, mantiveram o clima eletrizante do skateboard em Urussanga. 

Etapa do Brasileiro Pós reforma:




















sábado, 16 de janeiro de 2016


Sabe o que as bandas Magaivers (Curitiba/PR), Gramofocas (Brasília/DF) e Carbona (Rio de Janeiro/RJ) têm em comum além de fazer punk rock? Um DVD para chamar de seu. O lançamento é da Spider Merch e traz 55 músicas no repertório.

Aquela sonzera que dá gosto de ouvir e instiga qualquer sessão de skate!!! 

Francesco Coppola, proprietário da Spider Merch, nos contou que todo o mérito pela ideia do projeto deste DVD partiu das bandas e que a Spider Merch entrou no projeto depois, apesar de vivermos "uma das maiores crises econômicas em nosso país e em relação à venda de CDs, DVDs, etc". 

O DVD: do projeto às prateleiras 
A história foi mais ou menos assim: vindas do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, as bandas já eram amigas e se reencontraram em novembro de 2012 para realizar um show no Hangar 110, na capital paulista. O evento foi gravado a fim de virar um DVD, que recebeu o título de "V/A - Fábrica de Acordes". 

Driblando qualquer crise econômica do País ou da indústria musical, a Spider Merch caprichou no lançamento e o DVD (o primeiro do selo) vem com um livreto com 12 páginas coloridas (incluindo capas), além de um pôster duplo, impresso dos dois lados, que vem dobrado dentro do livreto. Como bônus, há alguns adesivos. No livreto, cada banda deixa um depoimento sobre o projeto. 

"Poderíamos, sim, fazer algo, vamos dizer, mais básico e igual a todos os DVDs que são lançados, mas a ideia era fazer algo diferente, criativo e que valorizasse quem adquiriu o material original e até mesmo valorizasse o próprio trabalho das bandas. Queríamos chamar a atenção por fazer algo justamente diferenciado...", reflete Francesco. 

Ao todo, os três shows totalizam duas horas de música (veja a lista abaixo) e tem até um tombo do Melvin, baixista do Carbona, registrado em vídeo. As apresentações empolgantes, com o público correspondendo à altura, traduzem um pouco do que acontece na cena underground do País. O registro valeria só por isso, mas o DVD vai além: traz um evento único, em que três ótimas bandas se encontram para fazer barulho, se divertir e divertir o público. Quase dá para sentir o cheiro da cerveja. 

"V/A - Fábrica de Acordes" 

Magaivers: 
01. Escute 
02. A múmia 
03. Hey guria * 
04. Saudades 
05. Ela não gosta de rock gaúcho 
06. Eu bebo 
07. Garotas na praia 
08. Você sabe se esconder 
09. Adeus 
10. Summer dreams 
11. O animal 
12. Pare 
13. I screwed up everything again 

Gramofocas: 
14. Bebe por beber 
15. Bagaceira baby 
16. Viva Boris Yeltsin! 
17. Sempre que eu fico feliz eu bebo 
18. Paracatu blues 
19. A gente vai beber 
20. Eu queria comer a Raquel 
21. Vem bem, vamos pro rodeio 
22. Filha do dono do bar 
23. Lá vai ela 
24. Cheio da má intenção 
25. Ela era uma marmota 
26. Eu tenho medo do Chico César 
27. Paradise 
28. Brasamora 
29. Dresfut Bar 
30. Você é o meu rolinho Parmalat 
31. Por que existe a ressaca, meu Deus? 

Carbona: 
32. Sopa de água-viva 
33. O mundo era bem mais legal 
34. Valentina 
35. Semivivo 
36. Esqueletos em todo lugar 
37. Eu quero ir com você pra Lua 
38. 43 
39. Felicidade incondicional 
40. Amor de supermercado 
41. Fliperama 
42. Copo d'água 
43. Eu quero ir pro Japão 
44. Vertiplano 
45. Lunático 
46. Meu primeiro All-Star 
47. Macarroni girl 
48. Nebulosa 
49. Urbânia diga adeus 
50. É impossível ser tudo para todos 
51. Cosmicômica 
52. Massacre da Serra Elétrica 
53. Sempre que eu fico feliz eu bebo 
54. Cemitério 
55. 1001 doses (até você voltar) (até você voltar) 

O mercado para CDs e DVDs 
Além desse DVD, a Spider Merch também lança outro, o da banda Paura, fruto de outro show realizado em 2012. Segundo Francesco "foi uma enorme coincidência ambos terem sido gravados em 2012 e lançados praticamente ao mesmo tempo". 

"No caso do 'Fábrica de Acordes' o DVD era pra ter saído mesmo no ano passado, mas depois que a Spider entrou tivemos que refazer todos os contratos e autorizações, além de uma nova edição, pois o DVD master que tínhamos estava com as informações do antigo pessoal que ia lançar originalmente", completou. 

Botando fé no mercado, a Spider Merch tem muitos lançamentos em vista e Francesco anuncia os próximos: "o novo trabalho dos suecos do Bombshell Rocks, a reprensagem de um dos CDs do Paura (Reverse the Flow) que está fora de catálogo tem alguns anos, o lançamento do primeiro CD do CHCL do Vale do Paraíba, que até o ano passado era conhecido como Chacal". 

Para comprar os DVDs e saber mais sobre a Spider Merch, acesse o site no endereço www.spidermerch.com.br.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

NECROSE DE FEMUR

Em 1992 fui diagnosticado com Leucemia (LLA), praticamente duas semanas após retornar de Marseille-FR, onde morei por 04 anos e descobri o skateboard, e me apaixonado pelo carrinho.

Infelizmente, após o término do tratamento da leucemia, fui diagnosticado com NECROSE ASSÉPTICA DE CABEÇA DE FÊMUR, nas duas pernas, o que me obrigou a me afastar da prática do skate de forma definitiva.

Já que não era muito bom mesmo (rsrsr), decidi me dedicar à fotografia desde então, apesar de ter seguido a carreira jurídica ( que as contas precisavam ser pagas).

Em 2013 o mundo juridico me exauriu com todas as suas formalidades e prazos. Assim, apesar de ainda exercer a advocacia, venho me dedicando cada vez mais à fotografia.

Assim, gostaria de esclarecer um pouco mais aos leitores sobre esta tal NECROSE:

A morte das células ósseas da cabeça femoral é conhecida como necrose da cabeça femoral. O termo necrose significando morte celular. A maioria dos pacientes afetados têm menos de 40 anos de idade. Este fato é muito importante na medida em que esta é uma idade ativa e os pacientes frequentemente deixam de praticar esportes, têm dificuldade para atividades simples como subir escadas ou mesmo abandonam a sua atividade profissional. 


A necrose da cabeça femoral também é conhecida por outros nomes, como osteonecrose, necrose asséptica ou necrose avascular da cabeça femoral. Ela fragiliza a cabeça femoral, a qual sofre microfraturas e geralmente deforma de maneira progressiva. A maioria dos casos de necrose extensa da cabeça femoral resulta em destruição da articulação em três a cinco anos. É oito vezes mais comum em homens que mulheres e 30 a 50% dos pacientes têm doença bilateral (nos dois lados). Aproximadamente 10 % das artroplastias de quadril (próteses de quadril) são realizadas como consequência desta doença.

Apesar de ser mais conhecida na cabeça femoral, outros ossos também podem ser afetados pela necrose óssea, incluindo o fêmur distal (joelho), úmero proximal (ombro), mandíbula, vértebra e ossos do pé e mão.

Sintomas

Dor é o sintoma mais comum da necrose da cabeça femoral. A dor pode localizar-se na “virilha”, região glútea, coxa ou joelho. A maioria dos pacientes sentem piora da dor com atividades e movimentação, porém também podem sentir dor em repouso ou acordar com dor. Claudicação (mancar) acontece em casos mais avançados, com os pacientes frequentemente necessitando de muletas. A maioria dos pacientes somente procura atendimento quando a doença já está em um estágio avançado. Deve-se ter um alto índice de suspeita em pacientes com fatores de risco como uso de corticóide e ingestão elevada de álcool. 

Agora no dia 18 de dezembro de 2015, fiz a cirurgia e coloquei a famosa protese.

Artroplastia do quadril é uma das cirurgias ortopédicas de maior sucesso. Este procedimento é conhecido leigamente como prótese total de quadril e tem o potencial de aliviar a dor e restaurar a funçāo de pacientes com variadas enfermidades do quadril. 

Qualquer doença que afete a cabeça femoral ou acetábulo pode levar a dor e deformidade no quadril. A artroplastia do quadril consiste na substituição da articulação doente por materiais sintéticos metálicos, plásticos e cerâmicos. Da mesma forma que um quadril natural, a prótese de quadril possui basicamente 2 partes: componente acetabular e componente femoral. 

Não poderei voltar a andar de skate, mas terei mais mobilidade e com certeza, as fotos ficarão cada vez melhores.

Muito obrigado aos amigos que me apoiam.

Em breve a SPEED FREAK MAGAZINE retoma suas atividades normais - VIVA O SKATEBOARD & LONG LIVE ROCK'N ROLL