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domingo, 27 de agosto de 2017

JUPITERIAN

E ontem, 26 de agosto, o Célula (sempre o Célula), nos proporcionou uma noite de peso com show das bandas Homicide, Matriarca e Jupiterian, sendo esta última de São Paulo-SP.

Obviamente que a noite foi demais.

A Homicide, Grind Core de São José-SC, trouxe musicas inéditas de seu novo EP "Ruir" (que esta disponível no Band Camp), com a qualidade de sempre pra esquentar a noite.

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Na sequência, tivemos a banda de Florianópolis-SC, Matriarca, com seu extremo rock'n roll, surpreendeu, pela qualidade e presença de palco. A matriarca é composta por:


Lucas Miranda (Guitar/Vox)
Willian Bernardo (Lead Vox)
Gabriel Porto (Drums)
Daniel Rosick (Bass/Vox)






Obviamente, que a noite era da Jupiterian, banda de São Paulo-SP, que trouxe seu doom metal à ilha de Florianópolis-SC.

A Jupiterian é formada por:
† V - G/V
† R - B
† A - G
† G - D



Os vocais guturais cavernosos de V são acompanhados por um instrumental soturno e cadenciado (obviamente), que prima pelo peso absoluto. Mas, quem pensa que as guitarras soam límpidas e se deixam influenciar pelo Metal tradicional se engana. O negócio aqui são timbres sujos, oriundos diretamente do Sludge e até do Stoner Metal, algo que o Celestial Season, da Holanda, soube fazer muito bem.

(https://whiplash.net/materias/cds/217563-jupiterian.html

O Jupiterian nasceu em 2013, na cidade de São Paulo, tocando death/doom/Sludge, porém sem apego a rótulos e estilos, a banda segue um caminho único dentro do gênero. Em 2014 lançaram o EP Archaic contendo 3 músicas que logo tomaram a atenção da mídia especializada nacional e internacional. O disco foi mixado por Maurice de Jong (Gnaw Their Tongues) e masterizado por James Plotkin, o ex-Khanate que já trabalhou na master de grandes nomes do doom/sludge mundial como Electric Wizard, Amenra, Thou, Bongripper, Conan, etc.
Em 2015 a banda lançou Aphotic, seu primeiro full length contendo 4 músicas e o bônus “Drag Me to My Grave”. O album conseguiu uma repercussão ainda maior depois ter sua estreia feita pelo site americano Cvlt Nation, uma das maiores forças do underground mundial na internet, sendo lançado em K7 pelo selo americano Caligari Records. Essa versão limitada a 175 cópias tornou-se rapidamente sold out. A versão em CD saiu meses depois via Black Hole Productions. Aphotic atingiu o topo em diversas listas de melhores discos de 2015 em sites nacionais e internacionais, sendo listado no TOP 8 Doom Albums na própria Cvlt Nation entre nomes consagrados como With The Dead, Monolord, Dopethrone, Primitive Man entre outros.
Após a excelente resposta do público e crítica sobre o disco, 2016 começou com a banda embarcando para uma bem sucedida mini-tour no Chile e em outubro, viajaram novamente para sua primeira tour na Europa ao lado do Mythological Cold Towers, onde tocaram no já clássico festival Dutch Doom Days em Rotterdam na Holanda. http://sinewave.com.br/artistas/jupiterian/




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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

THREZOR


No último dia 12 de agosto, véspera do dia dos pais, tive a satisfação de ser convidado à fotografar o show de estréia da Threzor, banda de Trash Metal (autoral) de Florianópolis no Célula Show Case (é claro).


A banda é oriunda da Phantom Lord, que faz Tributo ao Metallica. Mas com o inicio do show, fica claro que as bandas são diferentes. A Threzor consegue expressar sua personalidade e qualidade sonora em sua estréia...tem futuro!!! 

Obviamente que aproveitei para conversar com Lucas Souza, Vocalista e guitar lead: 

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THREZOR 

SFM: Quem são os integrantes da banda? 

LS - Os integrantes são: Lucas Souza (Guitarra/Vocal), Gabriel Theofelo (Guitarra Solo), Matheus Prusse (Baixista) e John Kuntze (Baterista).


SFM: Vocês estão vindo de um período de covers, mais especificamente do Metallica, através da banda Phantom Lord...como foi a transição do cover para o autoral?

LS - Na verdade, apesar de eu e o Gabriel termos vindo da Phantom, nós estamos buscando ao máximo não vincular a Phantom com a Threzor. São projetos totalmente diferentes, apesar de nós dois estarmos nas duas coisas, e além de o Prusse ter entrado na banda também. No caso a Threzor é 75% da Phantom! Hahaha. Mas falando meio que internamente, a transição foi tranquila. Eu e o Gabriel sempre planejamos ter a banda autoral, desde o início da Phantom, de forma que os integrantes da Phantom e da banda autoral seriam os mesmos. Mas infelizmente os outros 2 membros (Guto e Gui) não quiseram participar do autoral, o que nos fez ir atrás de baixista e baterista, para que pudéssemos realizar este grande sonho que era ter uma banda com as nossas músicas.

SFM: A Phantom Lord ainda existe? 

LS - A Phantom Lord ainda existe, com nova formação, uma vez que trocamos de baixista. De qualquer modo, ainda insisto que não gostaríamos de vincular a Phantom com a Threzor!


SFM: Qual a origem do nome “Threzor”? 

LS - A escolha do nome da banda foi uma grande novela. Durante a criação da banda, quando procurávamos baixista e baterista, ainda não tínhamos o nome. No caso, a banda originou-se 100% sem nome. Discutimos muitas opções. Mas o nome Threzor, é até engraçado pois veio de um cliente que eu atendia no meu local de trabalho. O nome "Trésor” é o nome de um condomínio residencial. Quando vi este nome, corri para contar para os meus colegas, pois achei que adaptando “Trésor” para Threzor, teríamos finalmente achado a nossa identidade. Não foi diferente. Quando apresentei o nome aos meus colegas, apenas o John ficou com receio do nome. Mas precisávamos lançar a banda de uma vez, e optamos por ficar com este nome. Hoje, alguns meses depois, estou muito satisfeito tanto com o nome quanto com a nossa logo.


SFM: Como é o processo de criação da Threzor? 

LS - A Threzor é uma banda muito recente, logo ainda não temos tantas composições. Os primeiros riffs e letras vieram de mim e do Gabriel, uma vez que sempre tivemos o sonho da banda autoral e nas vezes que nos encontrávamos sempre mostrávamos riffs um para o outro. Desde então, a partir destes riffs vieram as primeiras músicas da Threzor, tais como “Silent Execution”, “S.U.S” e “Enslaved”, que são as 3 músicas que compõe o nosso primeiro EP, ainda sem nome, a ser lançado no final deste ano. A grande maioria das nossas composições vêm de ideias minhas e do Gabriel, e as letras também. Prusse entrou na banda com uma porção de ideias e letras também, então, atualmente nosso processo de composição se dá por ideias que vamos mandando um para os outros pelo celular. Quando nos encontramos para ensaios, vamos mostrando os riffs e tocando junto, e assim vão saindo as novas músicas.
SFM: Vocês estão lançando o primeiro trabalho da Threzor...como foi a produção do EP? 

LS - Na verdade, nós finalizamos no início de agosto as gravações do nosso primeiro EP, que ainda não está com o nome definido. Eu e o Gabriel investimos muito dinheiro em um Home Estúdio para que pudéssemos fazer quase todas as captações neste espaço. Chamamos este Estúdio de “Porão” e foi lá que fizemos a captação do baixo, das guitarras, dos vocais e backing vocals. Para a captação de bateria nós fizemos com o Túllio, do estúdio AeroTullio Sound Distilery. O cara é um monstro da captação e conseguimos captar faixas surreais de bateria. Uma das coisas mais legais das novas gravações, é que fizemos TUDO orgânico, digo, captamos todos os sons na raça. Isso me deu um baita orgulho. Fizemos toda a parte de captação sozinhos, adquirindo experiência e fazendo tudo a moda antiga, praticamente. O lançamento deste trabalho está programado para final do ano, sem data definida, um vez que agora ele está em processo de edição e mix com o Chapolin, de Imbituba.


SFM: Além do Metallica, a Threzor possui outras influencias? Quais? 

LS - Sim! Nós temos muitas inflûencias pois cada um de nós trouxe as suas e acredito que o nosso trabalho seja uma grande mistura destas influências. Além da nossa grande influência no som do Metallica, muitas outras bandas tem nos influenciado para nossas composições, como por exemplo Megadeth, Sepultura, Angra, Testament, Iron Maiden e entre outras. É importante frisar que nossas influências não limitam-se apenas ao tipo de som, letras e etc. Mas buscamos inspiração também na história das bandas, como elas se portam fora dos palcos e essas coisas, além dos sacrifícios que cada uma delas tiveram para chegar onde chegaram.


SFM: A banda vê mercado para o Trash Metal em Santa Catarina? Quais são os planos da banda? 

LS - Achamos que o cenário Trash em SC é meio limitado. Em nossa visão, muitas vezes nem as bandas se ajudam. Além de tudo, o espaço para as bandas autorais é cada vez mais limitado. Por outro lado acreditamos que isso pode mudar, e queremos ser parte desta mudança! Nossos planos são grandes. Não queremos ser mais uma banda que faz o seu som mas não sai da sua zona de conforto. Vamos dar um passo de cada vez, mas sempre mirando no nosso objetivo final, que é ser uma grande banda conhecida mundialmente, assim como nossos ídolos. Nós estamos dispostos a sair da zona de conforto, enfrentar o que tivermos que enfrentar, até alcançar nossos sonhos. Primeiro vamos lançar este EP final do ano, depois vamos estudar lançamento de um ou dois singles, até que finalmente, lançaremos nosso primeiro disco. Este é o segundo grande sonho: lançar um disco. O primeiro, era ter uma banda autoral, e este, já está sendo realizado e estamos muito satisfeitos com o nosso trabalho. A dedicação está altíssima.


SFM: Como a banda pretende se relacionar com o mercado digital? 

LS - Nós estamos estudando as formas de divulgação. É tudo muito novo para a gente. Uma produtora entrou em contato conosco e gostamos da proposta deles. Ainda estamos avaliando as melhores formas para divulgar o nosso trabalho, mas faremos o melhor uso possível dos meios digitais, que são grande parte da divulgação atualmente, mas também não gostaríamos de deixar para trás as formas físicas de divulgação, pois somos um pouco tradicionalistas neste caso e é claro que gostaríamos de ver nosso trabalho em mãos, e nas mãos das pessoas. Vamos fazer divulgações nos maiores meios digitais para a música como o Youtube, Spotify, Facebook e etc. Estamos em fase de criação de material: fotos, vídeos, EP e também videoclipe. Sim, estamos estudando também a viabilidade de fazermos um videoclipe para uma de nossas músicas, pois acreditamos que é importante para que as pessoas sintam-se interessadas também pela imagem da banda.


SFM: Alguma mensagem final? 

LS - Algumas considerações devem ser feitas. A primeira delas é uma puxação de saco: agradecimentos à Speed Freak Magazine e, em especial, meu amigo Nefhar Borck, que sempre apoia as bandas locais e não hesita em ajudar da maneira que pode, tirando as melhores fotos ao vivo das bandas de Floripa e também com resenhas, entrevistas e tudo mais no seu blog. Depois, gostaria de, novamente, alertar que final do ano lançaremos o nosso primeiro EP. Aos que não conhecem nosso trabalho, podem ouvir a demo que disponibilizamos na nossa página no facebook (www.facebook.com/threzorband) da música “Silent Execution”.













Texto e fotos by Nefhar Borck Photography
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