BLAME
No dia 31 de outubro em 2014 a banda local BLAME fez a alegria de seus fãs, destilando seu som pesado no Celula Show Case em Florianópolis-SC.
Tocando composições próprias, BLAME lançou seu álbum EFEITO HALO com qualidade técnica. O fato de terem composições próprias combinados com um som mais pesado é um desafio e tanto para a cena de Florianópolis que não tem (ainda) por habito um apoio muito enfático ao gênero, com exceção de alguns independentes das antigas e outros da nova geração que se arriscam trabalhando sobre o tema tal qual O CLUBE e o ESTUDIO PIMENTA DO REINO com o Celula Show Case e o John Bull Floripa.
Assim, para compreender um pouco melhor quem é a BLAME, a SPEED FREAK MAGAZINE foi ao show (que foi demais) e trouxe muitas fotos e uma entrevista exclusiva com os caras:
ENTREVISTA BLAME
Como surgiu a banda?
O início de tudo foi uma reunião de amigos, roda de
violão, no maior estilo garrafão de vinho e Legião Urbana, só que tocávamos
Alice in Chains, Pearl Jam, Nirvana, Silverchair, Stone Temple Pilots... com
solos e tudo...(risos) O primeiro show foi em Santo Amaro da Imperatriz, e o
nome Blame apareceu porque o dono do bar perguntou para colocar na divulgação.
Eu falei, Blame, porque é uma música da banda Collective Soul, que gosto muito,
e na época era uma das minhas bandas mais ouvidas.
Quem são os integrantes?
Vini Rosa – voz e guitarra;
Geraldo Borges – Baixo;
Amauri Martendal – Bateria.
Como vocês vem a carreira da banda nestes anos
de estrada e palcos?
Acho que estamos caminhando bem, dentro das
possibilidades que a cena daqui proporciona. Evoluímos como músicos, como
profissionais e a cada show percebemos que temos maior habilidade para fazer as
coisas que queremos. A propósito, somos grandes fomentadores do mercado em
Floripa, não somente pelo som que fazemos, mas por um trabalho de produção, de
bastidores, que fazemos junto as bandas, através do coletivo O Clube e Estúdio
Pimenta do Reino.
Como é lidar com a cena de um som pesado em
Florianópolis?
Quem gosta de som pesado é muito exigente, não
consomem qualquer coisa. É um público difícil de conquistar. Ainda mais
cantando em português, quando o conteúdo tem que ser atrativo, diferente do
inglês, que se torna na maioria das vezes apenas um complemento a melodia.
O que fazemos é oferecer uma gravação altíssima qualidade
e ensaiamos bastante para o show ficar redondo, para que o publico consiga
captar o potencial das banda.
Como foi a ideia e produção do EFEITO HALO?
Conte-nos tudo...
Esse disco é basicamente a continuidade do primeiro,
não Repare a Bagunça, pois a ideias principais das músicas já estavam na minha
cabeça há muitos anos. O nome Efeito
Halo veio da música 3, que está no álbum, e achamos que o tema é interessante
pra despertar a parte lúdica de toda a concepção.
Como se deu o processo de criação?
Levamos o ano de 2013 praticamente inteiro compondo
as músicas, entre shows e ensaios. Essa
parte de pré-produção nos leva a exaustão, pois tocamos cada parte de cada
música muitas vezes, até encontrar o ponto perfeito. A gravação foi entre
Fevereiro e Agosto de 2014.
Como a banda lida com o cenário digital na era
do download? Da pra tirar “vantagem da situação” e viver de musica?
A música através do download é hoje em dia como um
cartão de visitas. É ela que vai levar o fã ao show, e lá ele vai gerar receita
para banda, através do ingresso, camisetas, CD e merchan em geral. Gerar
receita através do download, no Brasil, não vejo como uma oportunidade.
E os fãs? Como se da a relação?
É muito próxima, a gente se encontra pela rua e
troca ideias. Gosto assim.
No dia 31 de outubro tivemos o privilégio de
acompanhar e fazer as imagens do show da BLAME no Célula...como foi para a
banda a noite?
Foi demais. O público compareceu e muitos já estavam
cantando as músicas. Isso é o realmente que vale. Além disso dividimos o palco
com a banda Kiara Rocks, que é uma banda de peso e apresentou um grande show.
Vale
a pena investir em Musica em Florianópolis, principalmente, no bom e velho
Rock’n Roll?
Não. Para quem vai começar agora, aconselho se
dedicar a estilos que atinjam a massa menos exigente. O rock por aqui dá mais
retorno se você tocar as músicas das grandes bandas, mas as suas, você tem que
pegar o público pela mão. Monte uma banda cover de Guns, Metallica, ACDC e seja
feliz.
Quais
são os projetos futuros da BLAME?
Vamos nos dedicar aos shows e lançaremos um clipe da
música Efeito Halo até o fim do ano. Estamos planejando shows fora de SC para
levar o som o mais longe possível.
Qual
recado para os fãs da BLAME e leitores da SPEED FREAK MAGAZINE?
Quero agradecer imensamente a Speed Freak por estar
conosco e fazer esse lançamento muito rico em imagens. Pra raça que acompanha a
Blame digo o seguinte: Motivos não nos faltam ou caminhos a seguir. Atitudes e
ideias é preciso convergir!
Abraçoo!!!!
Desde
já agradecemos a oportunidade de estarmos juntos com vocês e de podemos apoiar
a cena local.
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