AS MENINAS DO SKATE DE FLORIANÓPOLIS-SC
Felizmente, de uns anos pra cá
as meninas tem entrado com tudo no mundo do Skate...provando que o Skate não é
só coisa de menino, elas estão vindo, um pouco tímidas, mas mandando muito bem,
e abrindo portas para que as próximas gerações, como a Isadora Rodrigues
Pacheco possam vir com mais força, e quem sabe mais apoio por parte dos
patrocinadores que ainda não visualizaram o potencial delas.
Em alguns campeonatos, vemos
as meninas disputarem com os meninos de igual para igual, e em outros, meninas
sendo colocadas de lado, discretamente, para não queimarem o filme dos
meninos...Não só no longboard, mas nas pistas (bowl, mini ramp...) e street,
elas estão detonando.
Então, a SPEED FREAK
MAGAZINE veio conversar um pouco com as mães e é claro, com elas, que floreiam
o Skate de Florianópolis-SC.
Mães, qual a relação com os meninos? Tem
alguma restrição?
Os meninos incentivam,
ensinam como fazer as manobras, há um espírito de proteção, de companheirismo.
Brincando com os meninos é
que elas aprendem a andar. Na pista da costeira por exemplo é como se fosse uma
família.
As meninas evoluem muito
mais quando estão andando com os meninos.
E a evolução do skate feminino? existeme
oportunidades? Como anda o cenário de Floripa?
Hoje há um grupo de meninas
se formando no bairro da Tapera, umas 7 meninas estão andando com
freqüência. Montaram uma mini-ramp lá.
Morar em Floripa é um
privilégio, considerando a diversidade de espaços (pistas e bowls) e a
distância entre os mesmos.
As meninas são bem recebidas
em pistas particulares, como do Pedro Barros, da Hi-Adventure. Assim, conseguem
treinar bem para os campeonatos.
Há perspectiva de Profissionalização?
Hoje para uma menina se
profissionalizar é preciso sair do Brasil. Lá fora há uma valorização, a atleta
pode viver do esporte com tranqüilidade.
Como é a relação com patrocínio e apoio
das empresas?
Ainda falta muito, por
exemplo, mesmo sendo uma atleta que esteja bem no ranking brasileiro, só poderá
receber o bolsa-atleta com 16 anos, enquanto isso, as meninas que começam
novinhas, através do esforço dos pais lutam diariamente para participar dos campeonatos. Há muitos gastos com passagem e alimentação.
Existem eventos e campeonatos específicos
para as meninas?
A Sul Skate de Imbituba-SC
promove encontro das meninas.
Em São Bernardo do Campo –
SP, a pista do Parque da Juventude nas terças-feira a pista é liberada apenas
para as meninas.
A AFSK realiza anualmente o
campeonato de street skate “Super Street Feminino″, na pista do Parque da
Juventude Cittá di Maróstica em São Bernardo do Campo/SP.
Este evento faz parte das comemorações em
homenagem ao Dia Internacional da Mulher e as categorias participantes são
Feminino 1 e Feminino 2, valendo pontos para os rankings Brasileiro e Paulista
de Street.
Todas as skatistas do Brasil são convidadas a
participarem deste evento. As inscrições são gratuitas e a área de street
estará reservada para a competição. As praticantes de outras modalidades, como
o vertical, vão poder andar na área dos banks.
Atletas do Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Paraná e Santa Catarina marcam presença no Super Street. O público também é
significativo devido ao charme e radicalidade da competição.
O skate feminino está super forte no Brasil e
o número de praticantes vem crescendo a cada ano. Eventos de grande porte tem
sido realizados e uma quantidade expressiva de mulheres participam das
competições.
A AFSK já tem tradição em promover o skate
feminino por meio de diversos eventos: encontros, competições, gincanas,
congressos, oficinas, aulas e intercâmbios com outros eventos, com parceria de
divulgação em diversos veículos da mídia, como exemplo jornais: Diário do
Grande ABC, Diário Regional, ABCD Maior e Rudge Ramos Jornal e a Mídia
Televisiva: ESPN, TV Mais, Bandeirantes e diversos sites de esportes na
internet.
Outro espaço importante para o
desenvolvimento do Skate Feminino é o Vert Riders in Roça realizado em
Guaratinguetá, onde este ano acontecerá a 1ª Etapa do Circuito de Vertical
Feminino.
E a referência para as meninas...
Letícia
Bufoni, a skatista paulistana que
atualmente vive a melhor fase no esporte que começou aos 9. Três vezes medalha
de ouro no x Games e primeiro lugar no ranking mundial feminino.
E em santa Catarina, mais precisamente Florianópolis, com grande apoio da
família, talento e muito treino, Emily vem conquistando seu espaço.
Conquistando vários campeonatos tudo isso sem patrocínio.
Conquistando vários campeonatos tudo isso sem patrocínio.
Assim, não podemos deixar de citar e conversar com ela, Emily Antunes, a menina que hoje tem 14 anos
de idade e que incentivou as demais a assumirem o carrinho que, apesar do apoio
dos meninos (pois elas acabam floreando este universo que era masculinizado), as meninas em geral ainda enfrentam certa resistência dos pais, exatamente pelo ambiente ser tido
como masculinizado.
Emily obteve forte destaque
estadual, e até nacional nas baterias que correu, tendo vencido varias etapas e
campeonatos. Então, para conhecermos melhor esta personalidade, a SPEED FREAK
MAGAZINE conversou com a Emily...tímida, simpática, mas com Skate firme e
consistente, na tarde em que passamos com as meninas na Pista da Costeira em
Florianópolis-SC, que tem o apoio da ASCOP – Associação de Skate da Costeira do
Pirajubaé.
Emily, como é ser Skatista?
É ser livre, é muito
legal...
Comecei há 3 anos e meio,
pedi um um skate de plástico pra minha tia no Natal, comecei andando com os
meus irmãos quando acompanhava na pista da Costeira e tomei gosto, não larguei
mais.
E como são os campeonatos para as
meninas?
Então... está rolando este
ano a etapa do brasileiro de Bowl que eu estou participando, o nível do
feminino está aumentando bastante, é muito legal poder participar deste
campeonato, viajar pelo Brasil. Já fui pra São Paulo, Rio de Janeiro, Porto
Alegre e Curitiba.
Como está a Evolução das meninas?
Eu ando há 3 anos e meio,
comecei na pista da Costeira e skate feminino só tem a crescer...e vejo como
cresceu desde quando eu comecei e hoje, as meninas estão cada vez mais
presentes nos campeonatos.
E a relação com os meninos?
Eu sempre andei com os
meninos, desde que eu comecei, não rola preconceito, algumas meninas tem
vergonha de andar na frente dos meninos, de cair, mas comigo, ao contrário, os
meninos me ajudam nas manobras, me apóiam.
Apoio e patrocínio, incentivos...
Pra se focar, se sentir bem
no Skate o patrocínio é muito importante, pra ajudar, pra apoiar, incentivar
mas aqui no Brasil é muito difícil, por que os patrocinadores não botam muita
fé nas gurias.
Recebo apoio da ALFA SKATE,
eles me ajudam. Patrocínio mesmo é “Paitrocínio”. O ano que vem não sabemos
como vai ser, fica complicado, dependendo da quantidade de viagem, não vou
poder participar de todos os campeonatos, pelos gastos com passagem, locomoção,
alimentação. Os pais acompanham também. É uma pena por falta de patrocínio,
mesmo estando no ranking nacional, há 3 anos. Há um esforço dos pais, na venda
de rifas, pedindo apoio para pessoas que tem condições de ajudar.
Que recado você deixa para as meninas
que querem começar no Skate?
Vamos andar de Skate, vamos
fazer exercícios pra manter a forma, vamos sair um pouco de casa, deixar o
celular de lado... risos...
Recado para a Speed Freak Mag?
Obrigada pelo apoio, pela
oportunidade de divulgação a SPEED FREAK MAGAZINE é muito legal em incentivar o
skate com matérias e fotos.
Yndiara Losekan ASP - 16 anos
Isadora Rodrigues Pacheco - 09 anos
Emily Antunes - 14 anos
Yndiara
Leticia Gonçalves (Mogi das Cruzes - SP) - A mais tímida...difícil de tirar foto - rsrsrs - entrevista nem pensar. . . .
Mariana Ribeiro - 18 anos
Yndiara
Emily
Indiara
Isadora
Em breve mais fotos das meninas...
Não esqueçam de curtir a SPEED FREAK MAGAZINE no facebook para ficar por dentro de todas as publicações...
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