ESPERANÇA
Por Daniel Ribeiro Kid Joe
Muito tem se falado em como as bandas de rock atuais se tornaram bunda moles. Será mesmo?
O que acontece é que a qualidade musical tem piorado tanto, os assuntos estão tão superficiais, os sucessos ou hits estão tão plastificados e menos significantes, que os roqueiros atuais, quando escrevem seu próprio material, precisam decidir se querem continuar no chamado mainstream e mantém propagando sua mensagem insignificante ganhando algum dinheiro, ou se auto-destroem no cenário underground, onde não há o mínimo de organização nem união, itens primordiais pra se manter qualquer cena.
Nesse caos, como ter sua banda forte, atuante e principalmente como manter sua palavra, como levantar e segurar uma bandeira que você acha importante? Como manter sua palavra e sua missão, onde os próprios artistas acham “fora de moda” levantar uma bandeira em prol de algo maior e ditam que o certo é não ditar certo nem errado? Isso mesmo, ditam que não se pode ditar!
Esse sistema podre está tão impregnado na corrente sanguínea do mercado musical, que se você quiser ter alguma relevância, você precisa parecer o máximo o possível com um mendigo, um coitado à margem da sociedade, e trabalhar como um empreendedor multi facetado, colhendo migalhas jogadas por uma multidão ávida por diversão pela diversão, seja como ela for, desde que com isso possa esquecer ou tornar menos dolorida a realidade que bate na cara.
Em tempo, é preciso que se diga: A maioria das pessoas não é má, não quer agir de má fé, não quer o mal do próximo, e o que você vê todo dia pela TV é uma obra de ficção produzida minuciosamente pra te deixar com medo e sem esperança. Mas sempre há esperança, como diz o agora na moda Mario Sergio Cortella – “É preciso ter esperança, mas não a esperança de esperar e sim a esperança de esperançar, de buscar de verdade algo melhor...”
*As opiniões do Autor não refletem, necessariamente a opinião da SFM.
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