ROLAMENTOS: Sabendo cuidar, eles vão
durar!
Cuidados com a
lubrificação, com as condições de operação e o controle de poeira ajudam a
prolongar a vida útil dos rolamentos.
Muitos dos cuidados com
rolamentos nos skates se resumem ao controle de poeira, que atua como um
elemento abrasivo e compromete a vida útil desse componente. Relatos sobre um
rolamento desmontado e novamente montado utilizados no drop apontam que sua
vida útil atingiu menos de 50% do programado pelos fabricantes, comprometendo o
funcionamento do mecanismo e com isso o desempenho do rider. Tudo em função de
seu manuseio em local com a presença de poeira gerada.
Casos como esse veem alertar quanto aos cuidados necessários com rolamentos,
componentes que podem ser decisivos para o bom desempenho do atleta e que
exigem manutenção especializada. Além de não submetê-los a reparos em ambientes
contaminados, o usuário precisa ficar atento aos limites de aplicação dos
rolamentos e à remontagem de componentes com algum desgaste.
Vale lembrar que a precarga
especificada nos manuais se refere à montagem de elementos novos e, quando
esses valores são usados na remontagem de um rolamento cônico usado e com algum
desgaste, o cone “entrará” mais na capa. Isto equivale à montagem de um
rolamento novo com precarga excessiva e provoca a rápida diminuição na vida
útil do componente.
Para obter ganhos no
rendimento, muitos atletas atualizam de algumas técnicas (ex.: não lubrificação
dos rolamentos, extração das capas protetoras, etc) para funcionar acima de
suas condições normais, o que resulta em aumento na carga aplicada sobre os
rolamentos e compromete sua durabilidade. Para se ter ideia, um acréscimo de
20% na força aplicada sobre o rolamento pode reduzir sua vida útil em até 50%.
O limite de rotação especificado para o rolamento também deve ser respeitado,
como forma de se evitar o aumento abrupto na temperatura de trabalho e
consequentes danos ao componente e ao equipamento no qual opera. Caso tais
condições não possam ser alteradas, deve-se especificar outro lubrificante que
suporte a carga adicional sem o rompimento da película.
Em ensaios preditivos
observamos, que os cuidados no manuseio dos rolamentos são os menos importantes
e por vezes feito de maneira incorreta. Como regra geral, recomenda-se que eles
sejam inspecionados in loco, evitando sua desmontagem para meras verificações.
Entre os sintomas de mau estado de conservação dos rolamentos figuram o
destacamento e saída dos seus elementos, a folga excessiva entre os anéis,
desgaste e oxidação.
Se a sensibilidade do
atleta mostrar-se aguçada e apontar para a necessidade de manuseio do
rolamento, é preciso saber que esses componentes podem ser danificados durante
a remoção. Por isso, trabalhos desse tipo sempre exigirão maior cuidado,
principalmente nas peças que têm interferência entre o eixo e o anel interno do
rolamento. Nesses casos, é preciso remover o rolamento inteiro manuseando
somente o anel interno.
Lubrificação
A lubrificação reduz o
atrito entre as peças do rolamento, evita seu desgaste prematuro e a corrosão,
protegendo o componente contra contaminantes e água. Segundo algumas teorias,
se o rolamento estiver adequadamente lubrificado e trabalhando sob condições
adequadas de carga, sua vida útil tenderá ao infinito. Otimismos à parte, a
verdade é que o lubrificante forma uma película protetora entre as superfícies
rolantes e deslizantes da peça e, mesmo sob cargas pesadas, isso evita contatos
de metal com metal e/ou cerâmica com metal.
Os rolamentos são
normalmente lubrificados com graxa ou óleo e, raramente, com lubrificante
sólido (ex.: grafite). No caso do Downhill Speed, Luge, In-Line e outros
esportes de gravidade são indicados lubrificantes a base óleo, devido a
utilização em altas velocidades, as condições de sua utilização (frequente
exposição a poeira) e também pela necessidade em dissipar o calor do cubo das
rodas.
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