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sábado, 18 de outubro de 2014

ROLAMENTOS: Sabendo cuidar, eles vão durar!

Cuidados com a lubrificação, com as condições de operação e o controle de poeira ajudam a prolongar a vida útil dos rolamentos.

Muitos dos cuidados com rolamentos nos skates se resumem ao controle de poeira, que atua como um elemento abrasivo e compromete a vida útil desse componente. Relatos sobre um rolamento desmontado e novamente montado utilizados no drop apontam que sua vida útil atingiu menos de 50% do programado pelos fabricantes, comprometendo o funcionamento do mecanismo e com isso o desempenho do rider. Tudo em função de seu manuseio em local com a presença de poeira gerada.

Casos como esse veem alertar quanto aos cuidados necessários com rolamentos, componentes que podem ser decisivos para o bom desempenho do atleta e que exigem manutenção especializada. Além de não submetê-los a reparos em ambientes contaminados, o usuário precisa ficar atento aos limites de aplicação dos rolamentos e à remontagem de componentes com algum desgaste.


Vale lembrar que a precarga especificada nos manuais se refere à montagem de elementos novos e, quando esses valores são usados na remontagem de um rolamento cônico usado e com algum desgaste, o cone “entrará” mais na capa. Isto equivale à montagem de um rolamento novo com precarga excessiva e provoca a rápida diminuição na vida útil do componente.

Para obter ganhos no rendimento, muitos atletas atualizam de algumas técnicas (ex.: não lubrificação dos rolamentos, extração das capas protetoras, etc) para funcionar acima de suas condições normais, o que resulta em aumento na carga aplicada sobre os rolamentos e compromete sua durabilidade. Para se ter ideia, um acréscimo de 20% na força aplicada sobre o rolamento pode reduzir sua vida útil em até 50%. O limite de rotação especificado para o rolamento também deve ser respeitado, como forma de se evitar o aumento abrupto na temperatura de trabalho e consequentes danos ao componente e ao equipamento no qual opera. Caso tais condições não possam ser alteradas, deve-se especificar outro lubrificante que suporte a carga adicional sem o rompimento da película.

Em ensaios preditivos observamos, que os cuidados no manuseio dos rolamentos são os menos importantes e por vezes feito de maneira incorreta. Como regra geral, recomenda-se que eles sejam inspecionados in loco, evitando sua desmontagem para meras verificações. Entre os sintomas de mau estado de conservação dos rolamentos figuram o destacamento e saída dos seus elementos, a folga excessiva entre os anéis, desgaste e oxidação.

Se a sensibilidade do atleta mostrar-se aguçada e apontar para a necessidade de manuseio do rolamento, é preciso saber que esses componentes podem ser danificados durante a remoção. Por isso, trabalhos desse tipo sempre exigirão maior cuidado, principalmente nas peças que têm interferência entre o eixo e o anel interno do rolamento. Nesses casos, é preciso remover o rolamento inteiro manuseando somente o anel interno.



Lubrificação
A lubrificação reduz o atrito entre as peças do rolamento, evita seu desgaste prematuro e a corrosão, protegendo o componente contra contaminantes e água. Segundo algumas teorias, se o rolamento estiver adequadamente lubrificado e trabalhando sob condições adequadas de carga, sua vida útil tenderá ao infinito. Otimismos à parte, a verdade é que o lubrificante forma uma película protetora entre as superfícies rolantes e deslizantes da peça e, mesmo sob cargas pesadas, isso evita contatos de metal com metal e/ou cerâmica com metal.

Os rolamentos são normalmente lubrificados com graxa ou óleo e, raramente, com lubrificante sólido (ex.: grafite). No caso do Downhill Speed, Luge, In-Line e outros esportes de gravidade são indicados lubrificantes a base óleo, devido a utilização em altas velocidades, as condições de sua utilização (frequente exposição a poeira) e também pela necessidade em dissipar o calor do cubo das rodas.


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